O Instituto Água e Terra (IAT) e o Criadouro Onça Pintada formalizaram nesta segunda-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, um acordo de cooperação para a reintrodução de animais silvestres nativos na natureza, com a soltura dessas espécies em Unidades de Conservação (UCs) do Paraná. O Criadouro Onça Pintada, entidade não-governamental de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, é administrado e mantido pela Associação de Pesquisa e Conservação da Vida Silvestre.
O termo de compromisso foi assinado pelo diretor-presidente do IAT, Everton Souza; pelo diretor de Patrimônio Natural do instituto, Rafael Andreguetto; e pelo representante da organização, Luciano do Valle Saboia.
Por meio da parceria, as UCs já podem passar a receber os animais acolhidos pelo Criadouro Onça Pintada para a reintrodução ao seu habitat natural ou o reforço populacional – o acordo prevê que todos os animais passem por testes experimentais para adaptação antes de iniciar o processo de soltura.
Além disso, o objetivo é realizar inventários de espécies ameaçadas de extinção, intensificar projetos de pesquisas específicas para o reforço populacional, monitorar os indivíduos reintroduzidos e estudar os impactos dessa ação. O projeto começou em fase experimental no Parque Estadual das Lauráceas, entre Tunas do Paraná e Adrianópolis.
“O Criadouro existe há mais de 20 anos, uma entidade que verdadeiramente se preocupa com a nossa fauna. Com esse acordo de cooperação, o IAT pode ajudar a entidade a fazer um trabalho que vai resultar em centenas de animais voltando para a natureza, para o repovoamento das nossas Unidades de Conservação”, afirmou o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.
Andreguetto ressaltou a importância dessa união de esforços entre sociedade civil e Poder Público para a recuperação da fauna paranaense. “Muitas das Unidades de Conservação do Paraná estão prejudicadas na questão da sua biodiversidade em fauna. Essa é uma oportunidade para a reintrodução de espécies, manutenção da cadeia e, claro, ajudar na conservação do nosso patrimônio natural”, destacou.