A missão internacional liderada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior iniciou nesta quinta-feira (20) sua agenda no Canadá com reuniões com representantes do governo da província de Quebec para buscar novas parcerias nas áreas de tecnologia, sustentabilidade e energia renovável. Ratinho Junior se reuniu com Christopher Skeete, ministro-delegado da Economia, e com Jean Lemire, emissário para Mudanças Climáticas do Ministério das Relações Internacionais e da Francofonia de Quebec.
“Queremos abrir portas com o governo de Quebec para apresentar os produtos paranaenses, estreitando a parceria comercial entre os dois estados, além de levar ao Paraná as tecnologias que são desenvolvidas no Canadá, que é referência na área”, disse o governador.
“Para isso, queremos fortalecer nossa relação com a província e o País para compartilhar experiências em relação à tecnologia e à questão ambiental. O Paraná foi considerado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) referência mundial em sustentabilidade, estamos fortalecendo as políticas públicas ambientais e temos muitas possibilidades dentro dessa área”, complementou.
Uma delas diz respeito à energia renovável, área em que o Paraná se destaca na produção. Maior gerador de energia hidrelétrica do Brasil, o Estado investe também em fontes alternativas, como a fotovoltaica e biogás, e busca ser um polo de hidrogênio verde no País. “Como principal produtor de energia limpa, queremos ser porta-voz desse segmento. Para isso, estamos incentivando o uso de fontes renováveis na agricultura, financiando com juros reduzidos projetos de autogeração de energia solar e por biogás, por meio do Banco do Agricultor”, salientou Ratinho Junior.
Skeete destacou que o Quebec tem muitas similaridades com o Paraná, principalmente na agricultura e nas diretrizes socioambientais. A província canadense está definindo novas estratégias para a área, com foco na redução das emissões de gás carbônico. “Queremos produzir 2 milhões de veículos elétricos para minimizar a emissão de carbono. Além da eletromobilidade, também queremos incluir os biocombustíveis nessa transformação. Vemos nessa transição uma oportunidade muito clara de parceria com o Brasil, que é um grande produtor de etanol”, explicou.
“O comprometimento com a redução das emissões de carbono tem que acontecer agora, para não deixar passar a oportunidade. Hoje, o desenvolvimento econômico tem que andar junto com a sustentabilidade, utilizando uma matriz energética limpa”, ressaltou Skeete. “Temos muita pressa em trabalhar com o Estado do Paraná, que pode apresentar uma oportuna cooperação neste momento de definição das estratégias de desenvolvimento sustentável”.