O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) promoveu nesta segunda-feira (5) as formaturas dos cursos de guarda-vidas militar e de guarda-vidas civil. As solenidades foram em Caiobá, no Litoral, pela manhã e à tarde, respectivamente. Os cursos têm como objetivo a capacitação para prevenção, salvamento aquático e atendimentos de socorro em casos de afogamento. O primeiro é destinado a integrantes do efetivo da instituição; o segundo, para voluntários da sociedade.
Para os 39 bombeiros militares que participaram do curso voltado ao efetivo – 37 homens e 2 mulheres –, o treinamento começou em outubro. Em um primeiro momento, as atividades consistiram de treinamento físico e instruções teóricas em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba. Só depois os alunos foram para o trabalho prático, nas águas do litoral paranaense. Ao todo, a formação teve duração de 620 horas, incluindo 240 horas de estágio, realizado durante o Verão Maior Paraná 2023/2024.
“Nesse período de estágio eles estão sempre acompanhados de um guarda-vidas mais antigo, justamente para poder pegar a rotina do serviço. Eles aprendem na prática o que é uma corrente de retorno, sua dinâmica, o que deve ser sinalizado no posto de guarda-vidas, qual é a preocupação em relação às pessoas que chegam ali para se banhar”, explica o comandante do 8º Grupamento de Bombeiros, responsável pelo atendimento do Litoral, major Fabrício Frazatto dos Santos.
De acordo com ele, a maior preocupação é desenvolver a capacidade de resposta qualificada em caso de emergências e, especialmente, a habilidade de prevenir acidentes e afogamentos. “O serviço tem se tornado cada vez mais profissional, e tem que ser assim porque é extremamente técnico e lida muito próximo com as vidas das pessoas, entre a vida e a morte. É preciso saber o que fazer e no momento adequado”, complementa.
O comandante do 8º GB acrescenta que o guarda-vidas deve estar ainda mais preparado para reconhecer as pessoas que potencialmente se colocam em risco e não deixar que esse afogamento aconteça. “O maior desafio não é fazer o salvamento, mas evitar que ele aconteça identificando os perigos daquele ambiente, sinalizando esses perigos, orientando as pessoas sobre locais perigosos e, por vezes, retirando-as desses espaços”, complementa ele, citando que estes formando vão propagar seus conhecimentos por todo o Estado.
No final da celebração, os novos guarda-vidas militares, como manda a tradição, entraram no mar em busca da camiseta amarela. O uniforme representa o preparo e a honra do guarda-vidas. O curso de formação é um dos mais concorridos dentro da corporação.
“O curso tem uma grade horária extenuante, cansativa. Mas quem vem está consciente e treinado para suportar as adversidades do curso. Vale a pena. É difícil, mas gratificante”, celebra o cabo Manoel Orlando Gapski, que atua há 13 anos no Corpo de Bombeiros e foi o orador da turma de formandos.