A participação popular foi o destaque da audiência pública realizada nesta terça-feira (19) para discutir a Proposta de Lei Orçamentária (PLOA) 2025 apresentada pelo Governo do Paraná em setembro. A sessão inédita organizada pela Comissão de Orçamento da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) reuniu representantes da Secretaria da Fazenda, Secretaria do Planejamento, deputados estaduais, membros da sociedade civil e do setor produtivo para debater as prioridades orçamentárias e apresentar outras sugestões.
Embora a participação popular seja uma marca da própria construção da PLOA, que contou com uma audiência pública realizada pela Sefa em setembro, essa é a primeira vez que a Alep abre as portas para que a sociedade paranaense participe das discussões sobre o orçamento.
O secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, celebrou a participação popular no debate, reforçando o quanto esse engajamento da sociedade ajuda a aperfeiçoar o processo de elaboração do orçamento. "Isso tudo é planejamento. Essas discussões são ferramentas poderosas para que o Estado possa prestar bons serviços aos cidadãos do Paraná", diz. Para ele, é a partir dessa escuta ativa das demandas da população é que o Governo vai poder aplicar e direcionar o recurso onde realmente é mais necessário.
Nessa mesma linha, o secretário do Planejamento, Guto Silva, reforçou o quanto a elaboração desse orçamento cada vez mais participativo é uma forma bastante eficiente de ouvir as diferentes vozes do Paraná, ouvindo e entendendo a realidade das várias regiões do Estado. "Isso permitiu que a peça orçamentária evoluísse, deixasse de ser só uma ficção sobre o que vai acontecer no próximo ano para ser algo muito mais próximo da realidade e dos sentimentos dos paranaenses", afirma.
A participação do cidadão aconteceu tanto presencialmente quanto pela internet — o que permitiu que moradores de todo o Estado também participassem da audiência. Exemplo disso foi o produtor rural José Carlos Sossai, que vive na região de Kaloré, no Vale do Ivaí, e que aproveitou a audiência pública para questionar a possibilidade de pavimentação nas estradas da região.