O estudo da anatomia humana faz parte de uma das principais disciplinas que integram a grade curricular dos cursos de graduação da área da saúde. Com o avanço da tecnologia digital surgiram novas maneiras de ensinar de forma mais interativa, com estruturas anatômicas em resina ou filamentos plásticos impressos em 3D, ou por meio da realidade aumentada, que permite a projeção de modelos tridimensionais de órgãos ou sistemas do corpo humano. Porém, isso não substitui aulas práticas de anatomia.
Segundo Ricardo Bach, professor do curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e presidente do Conselho Estadual de Distribuição de Cadáveres (CEDC-PR), as aulas práticas de anatomia influenciam no reconhecimento de estruturas do corpo e contribuem para uma visão mais madura e respeitosa do aluno com os pacientes, pois trata-se do primeiro contato do estudante com um ser humano.
“O cadáver é o primeiro paciente real com quem o estudante da área de saúde tem contato. É nele que vai aprender a reconhecer, na prática, as estruturas anatômicas que são a base do conhecimento médico”, afirmou o professor.
“Nenhum molde ou tecnologia holográfica pode substituir este aprendizado, por isso é tão importante que a sociedade saiba que é possível doar seu corpo para as universidades, com este objetivo. É um processo simples que pode ser realizado diretamente com os centros de ensino, ou por meio do Conselho Estadual de Distribuição de Cadáveres, com sede em Curitiba”.