O vão-livre do Museu Oscar Niemeyer (MON) voltou a se transformar em um grande palco ao ar livre neste sábado (5). Mesmo diante do sábado mais frio do ano em Curitiba, a Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) reuniu uma multidão para a segunda apresentação gratuita da série “Mostly Mozart”.
Assim como no concerto inaugural da série em fevereiro, que atraiu mais de mil pessoas, a Orquestra Sinfônica do Paraná encantou o público com um programa dedicado ao compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart. Desta vez, o repertório trouxe também outro mestre do Classicismo, Joseph Haydn.
“Colocamos 800 cadeiras no vão-livre, lotamos todas, e havia público em pé ainda, chegando a quase mil espectadores. A gente está muito feliz porque esse projeto é um grande sucesso”, celebrou Áldice Lopes, diretor artístico do Centro Cultural Teatro Guaíra.
A "Sinfonia nº 25" de Mozart, reconhecida pelo tom dramático e ousadia na escrita, e a "Sinfonia nº 44" de Haydn, conhecida como "Fúnebre", que se destaca pela profundidade e refinamento, foram interpretadas pela Orquestra Sinfônica do Paraná sob a regência do maestro convidado Angelo Martins.
O violinista, que também atua como spalla da OSP desde 2017, possui vasta experiência no meio orquestral. Já integrou a Orquestra Sinfônica Brasileira e a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, além de ter sido premiado por suas composições para orquestra.
Esta foi a primeira vez que Martins teve a oportunidade de reger a OSP. Ele comandou a orquestra ao mesmo tempo em que tocou seu violino, o que surpreendeu muitas pessoas. Mas ele explica que essa não é uma prática nova.
“Um fato curioso é que a orquestra, quando ela nasceu como instituição, era dirigida pelo spalla ou por um cravista. Normalmente o dirigente era um multi-instrumentista: tocava cravo, tocava violino, cumpunha, regia, dava aula, era um pouco luthier também”, expôs o violinista.