O Paraná é o estado que registrou o maior crescimento populacional em termos proporcionais entre os estados brasileiros desde o primeiro Censo Nacional, em 1872. O ritmo de crescimento do Estado foi mais de quatro vezes maior do que a média nacional, fazendo com que o Paraná passasse de 17º para o 5º ente federativo mais populoso do Brasil neste período.
Entre os 150 anos que separam o primeiro e o mais recente estudo demográfico nacional, a população paranaense cresceu de 126 mil para aproximadamente 11,4 milhões, um aumento de 8.930%. Neste mesmo intervalo de tempo, a população brasileira saltou de 9,9 milhões para 203 milhões, uma variação de 1.944%.
Além do Paraná, os estados que apresentaram crescimentos percentuais acima da média brasileira no período foram o Amazonas (6.741%), Mato Grosso (5.955%), São Paulo (5.204%), Santa Catarina (4.661%), Espírito Santo (4.567%), Goiás (4.298%), Pará (2.848%) e Rio Grande do Sul (2.402%).
Em números absolutos, os 11 milhões de novos habitantes dos municípios paranaenses entre o primeiro e o último Censo representam o quinto maior aumento do País. Por este critério, quem completa o top 5 são os estados de São Paulo, com 43,6 milhões de novos moradores, Minas Gerais (18,5 milhões), Rio de Janeiro (15 milhões) e Bahia (12,8 milhões).
O primeiro censo que passou a contar com a atual configuração, com 27 entes federativos, ocorreu em 1960. Nele, o Paraná já ocupava o posto de 6º estado mais populoso do Brasil. Na década seguinte, o Estado alcançou a sua melhor posição em nível nacional, ultrapassando o Rio Grande do Sul e se tornando o mais populoso da região Sul do País, marca que só voltou a ser obtida após a conclusão do Censo de 2022.
Apesar da primeira divulgação do IBGE não incluir a variável migração, os técnicos do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) avaliam que esse componente foi determinante para o crescimento populacional do Paraná ratificado pelo Censo de 2022. “Retornamos a uma condição de saldo migratório positivo, com mais pessoas entrando do que saindo do Estado, o que se deve sobremaneira às oportunidades econômicas criadas aqui”, afirma o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado.