O Paraná terá R$ 317,6 milhões para investir em novos projetos ambientais. Os recursos são uma fatia da indenização paga pela Petrobras em virtude do acidente ambiental causado pela empresa no Rio Iguaçu, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, em julho de 2000, e foram liberados pela Justiça Federal nesta sexta-feira (05) após reunião de conciliação entre Governo do Estado e Ministérios Públicos (MPs) Federal e Estadual, na sede do Poder Judiciário, na capital.
Na quinta-feira (04), também em comum acordo, foi autorizada a aplicação de outros R$ 11.196.713,85 em projetos na Araucária, Lapa, Contenda e Porto Amazonas.
A nova autorização por parte da Justiça permitirá a execução de 150 projetos de 12 diferentes eixos temáticos. A grande maioria, 147 ações, será implementada por meio do Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).
“Saímos dessas reuniões com um otimismo muito grande de que esses recursos se transformarão em melhorias ambientais para a população do Paraná, com o uso correto desta indenização", afirmou o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza. "Isso é resultado de um trabalho muito bem mediado pela Justiça Federal e com a participação decisiva e a anuência dos ministérios públicos”, disse ele.
O valor total da verba compensatória depositada em juízo pela Petrobras, com juros e correções, é atualmente de R$ 1,2 bilhão. Novas reuniões técnicas, novamente entre Estado e MPs, começarão já na próxima semana com o objetivo de avançar em outros projetos que garantam o destravamento de novas fatias da indenização.
“Construímos um caminho e agora vamos seguir nele para buscar o consenso em torno de outras propostas, avançando para eliminar toda e qualquer ressalva que ainda possa existir”, destacou o secretário da Sedest.